Reunir 18 diretores descolados,usar paris como pano de fundo e o amor como mote parece uma bela formula de sucesso e pipoca. Paris eu te amo é um painel de fabulas-encantadoras/ crônicas-urbanas , de encontros e estranhamento nem sempre propositado. São 18 os curtas metragens e dez minutos o tempo dado a casa um dos diretores entre eles, Oliver Assayas, Gus Van Sant, os irmãos Coen Alfonso Cuarón, Walter Salles e surpresas como Frederic Auburtin e Gerard Depardieu, que assinam o melhor capitulo do longa (uma conversa em um café entre Gena Rowlands e Bem Gazarr, os gigantes de John Cassavetes). Analisando de forma inteiriça, o filme perde a força, eo resultado pode parecer um passa-tempo-papa-níquel de grandes diretores que já não tem mais tempo para filmar suas viagens mentais.
Ao contrario de sua pretensão, não há uma homenagem á cidade do amo e da luz, nem muito menos uma painel étnico ,social e imigratório da sua situação política de hoje. A virtude do filme está, na verdade, em aguçar no publico a liberdade criativa e a delicia do tempo fragmentado que o formato curta metragem pode proporcionar até para os mais leigos. Alguns são “peças” fantásticas e outras, bobagens tão grandes como os egos de seus diretores, mas ganham em força os concisos,como o próprio Salles- que resume em uma canção de ninar toda a dor de um conflito amoroso. Natalie Portman e Juliette Binoche são protagonistas de dois imperdíveis: lúdicos e densos em sua delicadeza narrativa, mas sem duvida a grande homenagem á cidade é o ultimo, de Alexander Payne. Uma norte americana ultracaricata passeia com o seu guia embaixo do braço e percebe um amor que emana a cidade em sua direção. Uma quase serenata em péssimo francês : adorável.
Diana Assenato Botello – Revista Rolling Stone – Julho/2007
segunda-feira, julho 23, 2007
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2 pensaram:
Oi May,
Hum... Fábulas é? Gosto muito mesmo de fábulas! Quero assistir!
May, o que deu em nós? Nossos últimos posts com “Paris” no título? Hahahah...
Adorei! Houve toda uma conexão fatal!
Beijos menina
vamos ver?
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