sexta-feira, setembro 05, 2008

a cada milha a sensação de deixar pra trás tudo o que não me pertence, todas as coisas que não me deixam, mas que também não estão lá.
meu coração flutua entre um conto e outro.
no rádio mais uma das tantas “nossas músicas” que passam como tudo à minha volta. no céu desenhos se formam a cada cruzamento, uma imensa tela de projeção azul, que funciona melhor de olhos fechados.
é hora de seguir, mais adiante a maria-fumaça apita, chamando os que sabem do trem, é, ainda tem o trem, que carrega carvão e vapor e corações, que carrega emoções de um ponto a outro, é fácil perceber que a hora do trem passar é importante, toda a cidade se agita com o trem fumaça.
entre poetas e reis, impérios e loucos, inconfidentes-degenerados-ladrões-enforcados-bandeirantes-santos-mineradores-desbravadores e navegadores, entre todos os passos de uma história de quinhentos anos me vejo infinito nada, sem sentido ou razão.
o apito do trem me avisa. [é hora de seguir!]
a estrada segue, nunca para, não tem fim! esqueço o céu, as nuvens e os loucos, sou caminhante e só sei seguir! [eunãoseiparar]

1 pensaram:

Anônimo disse...

Segue. E não pára!
A estrada é longa pra você. :)


Beeeijos